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Estado de São Paulo atinge 1 GW de potência instalada em geração distribuída

Assim como em todo País, a expansão da geração distribuída (GD) em São Paulo teve ritmo acelerado em 2021. Nesta sexta-feira (03/12), o estado tornou-se o segundo do país a superar a marca de 1 GW de potência instalada em GD, unindo-se a Minas Gerais. A GD está presente em 637 (98%) dos municípios paulistas, sendo a capital a cidade com maior volume de potência instalada (33,7 MW), seguida por Campinas (27,7 MW) e Ribeirão Preto (27,3 MW).
O estado havia rompido a marca dos 500 MW em outubro de 2020, partindo da primeira instalação de GD em agosto de 2013. Ou seja, os últimos 500 MW foram implementados em apenas 14 meses, enquanto os primeiros 500 MW paulistas levaram mais de sete anos para serem concretizados. “Há uma justificada corrida pelo ouro, especialmente em energia solar. O avanço do Marco Legal da Geração Distribuída e a elevação do custo da energia elétrica justificam a busca por minigeração e microgeração”, avalia Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

A energia solar é a mais utilizada pelos prossumidores paulistas (produtores e consumidores de energia), com 98,60% do total. Mini e micro termelétricas (UTE) estão em segundo lugar (1,01%), seguidas de Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH (0,37%). “Nos próximos anos, ampliar a diversificação das fontes empregadas em geração distribuída será um dos desafios da ABGD. Precisamos aproveitar melhor as possibilidades em biomassa e resíduos sólidos urbanos”, afirma Guilherme Chrispim, presidente eleito da ABGD (gestão 2022/2023).
Em São Paulo, a classe de consumo residencial é a predominante, respondendo por 491 MW; logo atrás vem as conexões de estabelecimentos comerciais, com 342 MW. Destaque também para as áreas rural e industrial, com 89 MW e 70 MW, respectivamente.

Sobre a ABGD:

A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), maior associação brasileira do setor de energias renováveis, conta com mais de 1.100 empresas associadas, entre provedores de soluções, EPC´s, integradores, distribuidores, fabricantes, empresas de diferentes portes e segmentos, além de profissionais e acadêmicos, que têm em comum a atuação direta ou indireta na geração distribuída.
Fundada em 2015 para defender as demandas de empresas dedicadas à microgeração e minigeração de energia elétrica a partir de fontes limpas e renováveis, a ABGD representa seus associados junto aos órgãos governamentais, entidades de classe, órgãos reguladores e agentes do setor. Mais do que isso, trabalha para a difusão da GD para os diferentes setores da sociedade, incorporando os conceitos de sustentabilidade, retorno financeiro, eficiência energética e previsibilidade de gastos no que tange à geração e consumo de energia no local de consumo ou próximo.

Fonte: ABGD

Com alta na conta de luz, uso de energia solar residencial cresce 53% desde janeiro

Estimativas são de que a adoção da energia solar reduza a despesa mensal com energia em ao menos 50%, podendo chegar a 90% em alguns casos

aumento na conta de luz dos brasileiros neste ano, que já chega a 25%, principalmente por causa da crise hídrica, deu um impulso extra à energia solar residencial. A capacidade de geração de painéis instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos saltou de 4,7 gigawatts (GW) em janeiro para 7,3 GW no início de novembro, uma alta de 53%. Essa potência equivale a pouco mais da metade da capacidade de geração da usina de Itaipu (14 GW).

No total, a capacidade de geração solar no Brasil atingiu 12 GW na semana passada, incluindo tanto os projetos residenciais quanto as usinas de grande porte. Isso equivale a pouco menos de 7% de toda a capacidade de geração de energia brasileira, de 180 GW.

— A evolução confirma que os consumidores tomam consciência da necessidade de buscar soluções sustentáveis para enfrentar as elevadas tarifas de energia e as mudanças climáticas — diz Rodolfo Meyer, presidente do Portal Solar, empresa parte do Grupo Votorantim e responsável pelo levantamento.

As estimativas são de que a adoção da energia solar reduza as contas de luz em ao menos 50%, podendo chegar a 90% em alguns casos. Apesar de o investimento nas placas não ser baixo (um projeto básico completo sai por volta de R$ 15 mil), ele acaba se pagando em cinco anos, em média.

Por isso mesmo, a expectativa é de que o crescimento desse segmento siga em aceleração, já que as tarifas de energia devem continuar subindo no ano que vem. A projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), conforme informou o Estadão, é que as contas tenham um aumento médio de 21,04% em 2022. “Estamos em crescimento acelerado. Para 2022, nem mesmo a elevação dos preços dos equipamentos deverá parar a energia solar no Brasil”, diz Meyer.

Investimentos

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), essa fonte de energia já trouxe ao Brasil mais de R$ 60 bilhões em novos investimentos desde 2012.

— As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços de até 10% ao das termelétricas ou da energia elétrica importada de países vizinhos — diz o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia.

Segundo a associação, desde 2012 a geração solar evitou a emissão de 13,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil.

Sauaia destaca que, além de reduzir a conta de luz, a energia solar pode ser instalada com mais rapidez:

— Basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte GZH